Home Office: especialista fala sobre desafios e aprendizados em live promovida para os profissionais da IACIT

Com o tema Home Office - Desafios e Aprendizados, a live do “Momento Bem-Estar IACIT”, realizada nesta quinta-feira (5) para os colaboradores da empresa, recebeu como convidada a coach Ana Licia Reis, fundadora do PlenaMente, consultoria especializada em desenvolvimento humano e organizacional. O encontro foi mediado pela Diretora de RH da IACIT, Eliana Teixeira, e debateu questões importantes sobre este novo cenário de trabalho dos profissionais.

Empatia, resiliência, autoconhecimento, autoliderança, flexibilidade e diálogo são algumas das características necessárias para superação dos desafios impostos pelo trabalho remoto citados por Ana Lícia durante o bate-papo online com as equipes.

A Diretora da IACIT abriu a live traçando um panorama sobre o trabalho remoto, lembrando que a pandemia da Covid-19 antecipou repentinamente uma tendência mundial que no Brasil ainda era muito incipiente. “O home office, que antes era uma alternativa, passou a ser questão de sobrevivência. Ele permitiu a continuidade das operações das empresas sem colocar em risco a saúde e a segurança dos funcionários”, disse Eliana.

Segundo ela, com o fim do isolamento social, o home office tende a ser adotado, de forma integral ou híbrida, em diversos setores do mundo corporativo, e tanto as empresas quanto os trabalhadores precisam se adaptar a esta nova realidade.

Ana Lícia lembrou que a dificuldade inicial para adaptação ao home office ocorre porque o cérebro associa a nossa casa como local de relaxamento e precisa de um tempo para se adaptar às mudanças.

Mas nem tudo são dores neste processo. Ana Lícia cita como positivo o fato de o home office permitir que as pessoas sejam mais autênticas, expondo características que revelam preferências pessoais pouco conhecidas pelos colegas de trabalho, como gosto musical, decoração da casa, a relação com familiares ou mesmo pets, que muitas vezes fazem interferências durante as lives. “É importante que a gente aprenda e exercite formas de relaxar. Temos que olhar essa mudança com leveza porque todos nós estamos na mesma tempestade e aprendendo a velejar”, disse a especialista, complementando que o diálogo franco com a família e com os gestores são fundamentais para estabelecer os limites e o respeito ao espaço familiar e ao trabalho.

Veja abaixo alguns comentários de destaque da coach durante a live:

Integração online

“Os líderes têm um papel importante. Eles precisam criar rotinas de interação, com um happy hour ou um café da manhã online para conversar com suas equipes e saber como os profissionais estão, não apenas na vida profissional, mas pessoal também. Fazer contato para falar, não de trabalho, mas para conversas sobre temas diversos, ouvi-los e ajudá-los, caso necessário. Assim, os líderes demonstram empatia e dão abertura para que as pessoas falem o que estão sentindo”.

Diálogo e flexibilidade

“Precisamos criar uma disciplina flexível e ter muito diálogo porque estamos mais conectados com outras pessoas e isso exige muito de negociação para expor com clareza as nossas dificuldades.  Precisamos exteriorizar e apresentar para o outro quais são as nossas necessidades, nossa rotina, nossos planos.”

Autoliderança e posicionamento

“Falamos há bastante tempo da autoliderança como posicionamento na vida, inclusive no núcleo familiar. Aquilo que antes a gente conseguia deixar passar para não se indispor com alguém começa a ficar difícil aguentar todos os dias. Qual estilo de vida me faz sentir melhor, mais produtivo? Uma dica é escrever o que te faz sentir bem. É um momento único para ter esse olhar e começar a se posicionar, mesmo dentro de casa.”

Insegurança e sentimento de posse

“O medo que temos de perder as coisas (objetos, bens, pessoas) na vida tem a ver com lugar físico e com um sentimento involuntário de territorialismo. Agora, temos que pensar que o nosso território está muito mais nos nossos sentimentos, no nosso pensamento e não em um lugar específico. Ao invés de pensar na ‘minha mesa’ comece a pensar ‘onde vou sentar hoje?’. Temos que curtir e desfrutar dessas novas experiências”

Feedback e reconhecimento

“Abrir espaço e promover para conversas planejadas e não planejadas. O feedback pontual é muito importante. Mesmo online, o líder precisa pontuar, elogiar, celebrar as conquistas para a pessoa sentir o resultado. E os profissionais precisam se autorresponsabilizar, ir em busca de informações e de retornos sobre o seu trabalho, mesmo estando longe um do outro. E não apenas com o gestor, mas também com os colegas.”

Quem será afetado pelas suas ações?

“Quem são as pessoas que serão impactadas por nossas ações e como a informação vai chegar para cada uma? As nossas atitudes geram impacto, independente do que se está fazendo, e agora entra o universo familiar. E as pessoas também precisam assumir o protagonismo, ‘erguer a mão’ e falar: ‘gente, essa informação não chegou pra mim, isso vai me afetar”.

Preservação da cultura

“A cultura de uma empresa vem da impregnação natural dos valores, como acontece em uma família. Então, tenho que pensar ‘o que eu pratiquei para conquistar essa cultura e como posso trazer isso para o online?’

Relação de confiança

“A gente tem uma ideia de que não podemos ser tão autênticos no trabalho porque pode prejudicar a nossa imagem. Por isso, é importante a construção de relação de confiança, para que as pessoas falem mais sobre si. O líder precisa falar sobre ele também, isso é a humanização da relação. Eu acredito que estamos começando a construir uma melhor percepção do outro através das câmeras do trabalho online.”